terça-feira, 7 de setembro de 2010

Primeiro dia de aula

Feriado no Brasil, mas aqui o nosso dia começou de madrugada. Acho que ansiosos, o Rafael e a Beatriz resolveram andar pela casa de madrugada. A Beatriz acordou uma hora antes do previsto e ficou tagarelando na minha cama, enquanto eu e o Caíque tentávamos aproveitar os últimos minutos de sono. Primeiro dia de aula, sempre é mais confuso, mas achei que a organização da escola podia ser melhor. Um amontoado de pais e alunos e um diretor, com o som do microfone péssimo, tentando dar as orientações. As crianças foram encaminhadas para as salas e eu e Caíque fomos cuidar da vida - malhar, arrumar a casa e fazer supermercado. Amanhã, teremos a primeira reunião de pais e professores. As crianças saíram da escola com muitas novidades. A Beatriz conseguiu encontrar outro brasileiro e o Rafael fez o maior sucesso com as meninas.
Vou deixar que eles mesmos narrem a experiência do primeiro dia de aula nos EUA:

Beatriz: Pois é! Primeiro dia na escola em NY, não foi nada fácil. Imagina vc em uma escola em que vc é novata e que fala uma língua diferente!! Então o meu dia na escola começou assim: cheguei e fui direto para o ginásio, onde era para esperar todos os novatos. Lá, as pessoas que trabalhavam na escola foram mostrar nossa sala (minha e da Leticia), pois o Rafa ficou para depois. Então, a Leticia entrou na sala e depois eu entrei. Veio um monte de pessoas em cima de mim fazendo perguntas, mas com o barulho que estava não consegui ouvir nada. A única coisa que eu falava era WHAT?
De pouco em pouco, a sala foi esvaziando e sobrou apenas EU. Depois que a minha turma estava feita, sentamos em grupos e foi uma das oportunidades de conhecer as pessoas. Começou com a professora falando um monte de coisa que era raríssimo eu entender. Depois acabei me acustumando e já entendia uma boa parte. Até que soube que tinha um garoto na minha sala de Salvador que me ajudou no que eu não entendia, pois ele estava no EUA há muito tempo. Chamei uma garota da minha frente para almoçar (claro em inglês), ela disse sim.
Na hora de almoçar, o refeitório estava com um barulho que não dá para imaginar. Depois do almoço, voltamos pra sala e vimos um vídeo com regras da escola e logo fomos para EDUCAÇÃO FÍSICA. O professor, para variar, ficava perguntando toda hora se estava entendendo! Sempre disse sim, menos uma vez que estava super confusa. Rapidinho, o professor pediu para o baiano (Mateus) me explicar. Entendi e o jogo foi logo começando.

Rafael: Hoje foi o primeiro dia de escola. No início foi muito estranho: os colegas riam e eu, no meu canto, não sabia nem do que se tratava. Na aula de ciências foi melhor já que as mesas são juntas e, aí, deu pra conversar um pouco mais. A hora do almoço é uma barulheira danada. Depois do almoço, a aula foi mais calma e eu já estava entendendo a maioria das coisas.Começei a aprender só uma matéria de matemática. Ainda tenho que me acostumar a falar em inglês porque hoje eu fiquei falando português uns trinta segundos com um colega e ele não entendendo nada. Na saída, eu rodei a escola intera pra achar meus pais e quando achei fui parado por uma menina que ficou perguntando o meu nome e não deixava eu passar. Foi uma experiência e tanto!

Letícia: Primeiro dia na escola sem mico!
Hoje, dia sete, eu acordei muito nervosa e ansiosa pois era o meu primeiro dia de aula em uma escola nos Estados Unidos. Tomei banho com pressa, tomei o café da manhã e fomos de carro para a escola, apesar de eu ter feito tudo com pressa. Também passei maquiagem. No ginásio da escola, minha prima ficou falando que ela estava borrada e etc. Estava cheio, tinha muita criança pequena e feia. Ao nosso lado, havia uma familia de três crianças - uma de 11 ou 12 anos e gêmeas mais ou menos de 6 ou 7 anos. As três tinham olhos verdes e eram loiras e me veio pela cabeça querer ser amiga da mais velha . Depois de entrar na sala, sentei em uma mesa e esperei a professora. Quando vi, duas meninas estavam sentando ao meu lado. Uma era a menina que eu conversei antes de entrar na sala e a outra era a irmã das gêmeas. Eu podia jurar que estava me dando bem.
Conheci meus professores, mas no início estava bem tímida. Antes do recreio, comecei a tagarelar. Lanchamos juntas. A minha sala toda deu um grande "piti" quando viram o Rafael, pois falavam que ele era o Justin Bieber. Imagina que uma das minhas colegas, que foi com casaco do Justin e um monte de broxes na roupa e na mochila, pirou de vez quando o viu.
A aula foi tranquila. Foi até facil de entender, menos a parte que a professora - que tinha um nome esquisito de doer - (Canonico - foi mal, mas parece nome de planta) pediu pra tirar uma foto minha (claro! só eu sou bonita). Beijos pra todo mundo de Leticia aqui de Nova Iorque. Comparem o Rafael com o Justin:


Um comentário:

  1. O Rafa tá bem diferente na foto. Não o reconheceria na rua. Está parecido com o Justin mesmo. Que sucesso faz esse rapaz!

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